terça-feira, 10 de maio de 2016

Golpe sempre será golpe!

No conteúdo e na forma, esses [impeachments] de agora têm parentesco estreito com os golpes militares. Reinstalam no poder velhas oligarquias, subtraem direitos, implementam agendas regressivas na política, na cultura e na convivência social e levam a retrocessos nas políticas públicas. Mas se apresentam fantasiados de legalidade, como seus antecessores faziam. No Brasil, até na retórica se parecem. Aqueles que chamaram o golpe de 1964 de “revolução” hoje dizem que o impeachment de Dilma “não é golpe”.
Certo é: assim como certos impeachments descortinam o futuro, outros fazem girar para trás a roda da história.
No artigo de onde extraí o trecho acima, o sociólogo Marcos Coimbra se baseia em estudos de especialistas em política na América Latina para analisar o processo em curso no Brasil, comparando-o com o ocorrido em 64, destacando o viés antipopular dos processos deflagrados a partir de 2005.   



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